O histórico socialista Manuel Alegre considerou um «atentado à Constituição» e uma «recidiva salazarenta» que os titulares de cargos públicos tenham que declarar pertencer à Maçonaria.
«Acho isso um atentado à Constituição e acho uma recidiva salazarenta muito triste para a nossa democracia», afirmou Manuel Alegre aos jornalistas no Parlamento.
Para o histórico socialista, «há o direito à privacidade, de ser da Opus Dei, de ser da Maçonaria, de ser ou de não ser».
O ex-candidato presidencial falava à margem do lançamento de um livro de Almeida Santos, na Assembleia da República.
Questionado sobre o mesmo assunto, Almeida Santos, considerou «estúpida» a ideia de obrigar políticos a declarar ligações maçónicas e frisou que a perseguição aos maçons representa o regresso ao Portugal mais «nojento» dos tempos do salazarismo.
Por seu turno, o ex-presidente da Assembleia da República Mota Amaral, que assume a sua ligação ao Opus Dei, disse que não há motivo para se lançar uma «caça» a quem está ligado às obediências maçónicas em Portugal.
Já a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, considerou que a ideia de obrigar os políticos a declarar ligações maçónicas «não é nada decisiva» para o aumento da transparência na vida pública.