No caminho para a Televisão Digital Terrestre (TDT), o primeiro emissor analógico a ser desligado, o de Palmela, deixou de funcionar esta quinta-feira, pelas 11:41, sem problemas.
Numa cerimónia que decorreu no Castelo de Palmela, Miguel Relvas chamou, por vídeoconferência, o engenheiro Pedro Paulino, que desligou o sinal.
O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou que «estas iniciativas têm sempre como objectivo» fazer com que o país «seja mais coeso no plano social e no plano cultural».
O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), Amado da Silva, preferiu descrever o momento como uma «desinauguração», porque o serviço digital já está em funcionamento em Portugal «há muito tempo».
«Se a informação se tivesse transformado em comunicação verdadeira, as pessoas já tinham ligado e era simples e tranquilo», lamentou, referindo-se ao facto de muita gente ter deixado a adesão à TDT para os últimos dias.
Para o presidente da PT, que transporta o sinal de televisão em Portugal, Zenal Bava, o Estado já ganhou com esta mudança 400 milhões de euros.
Na cerimónia, o responsável da PT admitiu ainda que os atrasos no desligar dos emissores analógicos causam prejuízos à empresa.
«Quando o canal é transmitido analogicamente ocupa mais espectro», sendo que o espectro que agora sobra, com a predominância do digital, foi vendido para a quarta geração móvel.
Ao contrário do que estava previsto, esta primeira fase do "apagão" na faixa costeira de Portugal Continental vai ser feito por fases. A próxima será a 23 de Janeiro, em concreto o emissor de Fóia.