A Procuradoria-geral da República assinala que foi «perdido o medo de participar e comunicar a ocorrência de ilícitos» relacionados com a violência escolar.
A Procuradoria-Geral da República garante que há uma «clara melhoria na prevenção e punição dos crimes relacionados com a violência escolar».
Uma resposta por escrito enviada à TSF relata mudanças, para melhor, que segundo o gabinete de Pinto Monteiro se devem essencialmente ao facto de «os Conselhos Directivos das escolas, os professores, os familiares dos alunos e os próprios alunos terem perdido o medo de participar e passarem a comunicar a ocorrência de ilícitos».
Por outro lado, contínua a Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público e o Ministério da Educação estão «mais atentos ao fenómeno», que «deixou de estar escondido dentro das paredes das escolas».
Os números de inquéritos do ano passado ainda não estão totalmente recolhidos nem se referem a todo o país, mas os dados que se divulgados à TSF pela PGR apontam, efectivamente, para uma descida.
Na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, os primeiros nove meses de 2011 assistiram à abertura de 107 inquéritos relacionados com violência escolar, numa média de quase 12 por mês. Em 2010 essa média ficou próxima dos 14 casos mensais, num total anual de 166 inquéritos.
Na Procuradoria-Geral Distrital de Évora os números cairam bastante mais: em 2010 foram abertos 59 inquéritos; em 2011 foram apenas 33.