Vítor Gaspar confia que Portugal está mais perto de reconquistar a confiança dos mercados e reafirma que na reforma laboral o governo foi mais longe do que a troika.
Nesta quarta-feira, e pela primeira vez desde abril de 2011, portugal conseguiu emitir dívida a 11 meses - um prazo mais alargado do que que tem sido habitual, que é a 3 ou 6 meses - e com os juros nos prazos mais longos a descerem face à última emissão, apesar da Standard & Poor's ter cortado o "rating' da dívida nacional para o nível considerado lixo.
Para, Vítor Gaspar esse é um sinal de que o país está num «ponto de viragem». A expressão é do ministro e consta do discurso enviado às redacções no qual se pode ler também que a incerteza sobre o sucesso do processo de ajustamento já foi muito reduzida.
A confiança do ministro foi expressa numa conferência à porta fechada, destinada a empresários, políticos e académicos.
Nessa intervenção, Gaspar sublinhou que o processo de ajustamento orçamental está bem encaminhado, e enunciou os principais desenvolvimentos macroeconómicos de 2011. Nalgumas áreas, como é o caso da reforma do mercado de trabalho, o responsável pelas finanças admitiu que o governo foi além da troika, considerando que o acordo de concertação entre o Governo e os parceiros sociais, assinado ontem, foi um «passo de grande alcance», que contribui para melhorar a competitividade da economia portuguesa.