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Benfica vence o Gil Vicente e segura a liderança

Jogadores do Benfica em festejos Reuters

O Benfica segurou, este domingo, a liderança da Liga, ao bater o Gil Vicente por 3-1, num encontro da 16.ª jornada cujo resultado não revela as dificuldades que a equipa da casa enfrentou.

Durante 73 minutos, o Benfica não foi capaz de ultrapassar os problemas colocados pela organização montada pelo treinador do Gil Vicente, Paulo Alves, que mostrou conhecer ao detalhe os pontos fortes do adversário susceptíveis de serem anulados pela sua equipa.

No espaço de um minuto, Rodrigo, primeiro, e Nolito e Aimar logo a seguir, fizeram o que o colectivo não foi capaz de fazer nos primeiros 73 minutos, "dinamitando" num ápice a organização defensiva gilista.

O Benfica manteve o jogo morno durante toda a primeira parte, sem acelerações ou mudanças de velocidade, facilitando a vida à equipa do Gil Vicente, bem plantada em campo, situação agravada pela falta de inspiração de alguns jogadores-chave.

Neste contexto, o golo do Benfica só podia mesmo ter surgido de um lance de bola parada, aos 27 minutos, num livre inexistente batido por Nolito, ao qual Cardozo correspondeu.

Pensou-se que este golo pudesse abrir caminho a uma vitória fácil do Benfica, mas, a cinco minutos do intervalo, o Gil Vicente empatou, na sequência de um canto em que o guarda-redes Artur esteve mal.

Um empate que pôs justiça no marcador e premiava a forma como os jogadores do Gil interpretaram a estratégia de Paulo Alves, bloqueando o Benfica nas alas com duas unidades que se entreajudavam em cada uma delas e nas saídas para o ataque, quase sempre dos pés de Witsel.

A segunda parte começou com uma oportunidade de golo soberana para o Gil, salva por Artur, e Jorge Jesus foi obrigado a lançar Aimar, primeiro, e Bruno César mais tarde, alterações essas que não mudaram o cariz da partida.

Aimar não entrou bem no jogo, não conseguindo criar desequilíbrios ou meter o último passe, também por mérito do adversário, que percebeu o perigo que seria não o marcar de forma eficaz, e o jogo ia-se arrastando com o Gil cada vez mais atrevido nas suas rápidas transições para o ataque.

Até que Rodrigo teve um momento de inspiração e de alguma sorte à mistura, visto que o remate "prensou" num adversário e tomou uma trajetória que enganou o guarda-redes Facchini, abrindo caminho a um triunfo que foi bem mais complicado do que o resultado deixa transparecer.

Num jogo no Estádio da Luz, em Lisboa, arbitrado por Marco Ferreira (Madeira), perante cerca de 43.214 espectadores, as equipas alinharam do seguinte modo:

Benfica: Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Emerson, Javi Garcia (Bruno César, 69), Gaitán (Aimar, 57), Witsel, Nolito, Rodrigo (Luis Martins, 90) e Cardozo.

Suplentes: Eduardo, Bruno César, Aimar, Nélson Oliveira, Saviola, Jardel e Luís Martins.

Gil Vicente: Adriano Facchini, Daniel (Guilherme, 75), Halisson, Cláudio, Júnior Caiçara, Pedro Moreira, Luís Manuel (Yero, 80), Rodrigo Galo, André Cunha, Richard e Hugo Vieira (Roberto, 86).

Suplentes: Jorge Baptista, Tó Barbosa, Yero, Paulo Lima, Mauro, Roberto e Guilherme.

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Daniel (53), André Cunha (71) e Rodrigo (88).

Redação