Questionado no Fórum TSF desta segunda-feira sobre uma possível candidatura a Belém, o ex-secretário-geral da CGTP disse que tem vontade e disponibilidade para continuar a ajudar.
«Tenho alguma disponibilidade e vontade de, naquilo que sou, nas minhas limitações e nas minhas capacidades, dar algum contributo à sociedade, mas o que pode resultar daí não imagino», respondeu o ex-líder da CGTP, para quem um sindicalista nunca deixa de o ser.
«Nós somos seres humanos e os nossos comportamentos não mudam assim. Há coisas que estão inculcadas em nós e que se podem manifestar, não posso garantir que numa ou noutra expressão de raciocínio não esteja ainda muito a carga do individuo que está a desempenhar a função», disse.
Carvalho da Silva confessa-se preocupado quanto ao futuro, mas não se sente desiludido quando olha para o passado.
«Fizemos um percurso extraordinário» em indicadores como a saúde, o ensino e a protecção social, afirmou, reforçando que «o progresso da sociedade foi extraordinário em poucas décadas».
O antigo secretário-geral da CGTP alertou que os governos não interpretam as mensagens dos movimentos sociais e que o documento que estabelece as condições do empréstimo externo é um exemplo disso.
«Na linguagem do actual governo, nós encontrámos uma apresentação ao país do interesse do Estado plasmado no conteúdo do memorando da "troika". Isto é uma fuga à responsabilidade», considerou.