O vice-presidente da câmara de Castelo de Vide diz que o tribunal local julga mais de 400 processos por ano, ao passo que em Cabeceiras de Basto o argumento é o facto de a estrutura ser recente e ser uma das mais modernas do país.
A câmara de Castelo de Vide contesta o projecto de fecho do tribunal local e lembra que a autarquia paga as despesas de funcionamento deste tribunal que está instalado num edifício municipal.
Em declarações à TSF, o vice-presidente desta autarquia do distrito de Portalegre recordou que este tribunal julga mais do que os 250 processos por ano que a proposta do mapa judiciário considera razoável para manter um tribunal aberto.
«Em 2011, tivemos mais de 400 processos, portanto, quase o dobro desse número mínimo que também foi avançado pela comunicação social. Mas, para além desta questão, é mais um sacrifício e uma penalização para o Interior do país», afirmou António Pita.
Uma vez que a câmara assume as despesas do tribunal que está instalado num edifício municipal, este autarca diz estar surpreendido com esta hipótese, já que é «mais uma penalização nesta visão muito economicista».
Também o presidente da autarquia de Cabeceiras de Basto contesta a hipótese do encerramento do tribunal local, uma estrutura inaugurada há menos de três anos e que custou 3,2 milhões de euros.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Joaquim Barreto recordou ainda que o tribunal de Cabeceiras de Basto é um dos mais modernos do país.
Entretanto, contactado pela TSF, o Ministério da Justiça frisou que não está tomada qualquer decisão, existindo apenas um estudo elaborado pela Direcção-geral de Administração da Justiça, que está em debate público.