O Executivo assina, esta quarta-feira, um protocolo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) para aumentar o empreendedorismo dos jovens.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares quer que o protocolo que esta quarta-feira assina em Coimbra seja o princípio do fim de um equívoco.
Para Miguel Relvas, é preciso que «os municípios percebam que não podem viver de costas voltadas para as universidades e para os politécnicos» e que «os politécnicos percebam que não podem ser escolas fechadas sobre si mesmas, instituições que não se abrem à sociedade».
«Não podemos continuar a formar, ano após ano, milhares de jovens e depois não termos capacidade de os saber aproveitar», referiu.
O Governo, que no passado recente foi criticado por sugerir a emigração de jovens quadros, assume agora o objetivo de fixar massa cinzenta em Portugal.
«Temos de saber potenciar aquilo que são as condições de cada concelho», defendeu.
Miguel Relvas acrescentou que, para tal, é preciso «criar mecanismos e dinamizar os apoios estruturais ao empreendedorismo jovem de cada um dos concelhos, mas também estimular o desenvolvimento económico de base local».
«O ciclo do equipamento cessou e agora chegou o momento de apostar nas pessoas», acrescentou.
Às universidades cabe formar e estudar o empreendedorismo. Para o ministro, o fato de o Ensino Superior viver com dificuldades deve levar o sector a acelerar iniciativas como esta.
A criatividade e a articulação entre universidades e câmaras vão ditar o sucesso ou insucesso do projeto, que vai ter de se fazer sem mais dinheiro, ou seja, «canalizando e desviando recursos que hoje são gastos em muitas iniciativas que não têm razão de ser», explicou Miguel Relvas. O protocolo, de cinco anos, não tem verbas atribuídas.