Saúde

Ministro da Saúde afasta exceções à lei dos compromissos

Paulo Macedo Direitos Reservados

O ministro da Saúde afastou, este sábado, exceções à lei dos compromissos para o setor que tutela e afirmou desconhecer qualquer ameaça de demissão dos gestores hospitalares.

«Não tenho conhecimento de qualquer ameaça de demissão, muito menos em bloco», disse o ministro aos jornalistas durante uma visita ao Hospital de São José, em Lisboa.

«Os gestores hospitalares têm uma tarefa extremamente exigente, para a qual se têm dedicado de alma e coração, especialmente nestas condições muito difíceis que atravessamos», referiu.

Paulo Macedo reagiu desta forma a uma notícia avançada pelo Expresso, segundo a qual vários gestores hospitalares ameaçaram demitir-se por causa da lei que os impede de comprar medicamentos se não puderem pagá-los em 90 dias.

«Há uma maior exigência relativamente aos gestores hospitalares e a todos os do setor empresarial do Estado, no sentido de haver um pagamento das dívidas que os hospitais e outras empresas têm e não serem criadas novas dívidas», afirmou o ministro, para quem os responsáveis pela gestão hospitalar concordam com este princípio.

Esta exigência, designadamente através da lei dos compromissos, assenta num princípio que para Paulo Macedo é inultrapassável: Não gerar mais dívida em cima da que está a ser paga, alimentando «um ciclo vicioso».

O ministro defendeu que os gestores têm de saber como é que podem aplicar a lei na prática, para que os hospitais continuem a funcionar.

«Não de trata de uma questão de demissão, nem de qualquer exceção para o setor da saúde», sublinhou, acrescentando que a resolução de problemas passará por «regras práticas», que não quis especificar.