Ninguém quer falar abertamente sobre o que aconteceu na conferência de líderes, quinta-feira à noite, mas há vários relatos em «off» de que Assunção Esteves ameaçou bater com a porta.
Foi uma reunião em que os ânimos aqueceram. Ninguém quer falar abertamente sobre o que se passou na conferência de líderes, mas há vários relatos em «off» de que Assunção Esteves ameaçou bater com a porta. Esse foi o assunto que dominou as conversas de corredor esta manhã no Parlamento.
A presidente da Assembleia garante, no entanto, que está para ficar.
«Só o povo é que me vai tirar daqui ou quando eu quiser ir embora no final do mandato. O mandato é sagrado», afirma.
Assunção Esteves conseguiu ontem unir esquerda e direita em volta de um texto único para a comissão de inquérito ao BPN, mas não sem antes ter chamado à liça o contrato eleitoral que os deputados têm com o povo.
Antes do consenso, tinha estalado o verniz parlamentar. Poucas horas depois do PS anunciar o pedido de inquérito potestativo, o PSD ultrapassou a bancada socialista ao entrar no gabinete da presidente com outra proposta para o mesmo assunto.
Ontem, a noite serviu para acertar estas agulhas: venceu o potestativo do PS, com um texto conciliado entre todas as bancadas parlamentares e a venda do BPN a ser avaliada só quando concluído o negócio, como queria o PSD.