O Presidente da República invocou «razões de interesse nacional» para justificar a promulgação do diploma que suspende as reformas antecipadas.
«Pedi informações ao Governo, ele forneceu-me todas as informações que foram solicitadas e, face às razões de interesse nacional que me apresentou, entendi que não devia obstar à entrada em vigor do diploma», afirmou Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas no final da inauguração da nova sede da Microsoft em Portugal
Lembrando que já promulgou mais de 200 diplomas do atual executivo, «a quem compete conduzir a política geral do país», Cavaco Silva notou, contudo, que é reconhecido que o ato da promulgação não significa acordo com todas as normas dos diplomas.
«Todos os constitucionalistas reconhecem que o ato de promulgação não significa o acordo do Presidente em relação a todas as normas de um diploma», sublinhou.
Porém, insistiu, face às explicações que o Governo apresentou entendeu que não deveriam ser colocados entraves à entrada em vigor do diploma.
Já quanto à notícia de que os subsídios da função pública só regressarão em 2015, Cavaco Silva disse escusou-se a responder.
O chefe de Estado foi ainda questionado sobre o fecho da Maternidade Alfredo da Costa, sublinhando que a informação que tem é a de que «o Governo ainda não tomou uma decisão definitiva».