O PS pediu a audição no Parlamento com «caráter de urgência» dos presidentes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e do Centro Hospitalar Lisboa Central por causa do anúncio do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa.
Os socialistas querem ainda que seja ouvida na comissão parlamentar de Saúde a diretora do serviço de obstetrícia da maternidade, que poderá explicar alguns «números» e «indicadores» desta unidade hospitalar depois de nos últimos dias terem sido revelados valores diferentes sobre as estimativas de partos para este ano, por exemplo, segundo explicou à Lusa o deputado António Serrano.
«O nosso propósito é clarificar notícias que têm sido divulgadas nos últimos dias e algumas até contraditórias. Desde logo, o Governo, a várias vozes, tem falado de várias formas sobre este dossiê, ora fecha agora, ora fecha até ao final da legislatura, ora tem a maternidade 'x' partos, ora já tem menos amanhã», afirmou o deputado.
Além disso, acrescentou, «há a indefinição em relação ao novo hospital de Todos os Santos», que o PS considera «fundamental para a reorganização dos serviços de saúde na área de Lisboa».
António Serrano explicou que foi decidido em 2005 que após a construção do novo hospital de Lisboa, o Todos os Santos, «poderiam então ser encerradas seis unidades hospitalares em Lisboa e, nessa altura, também fechada a Maternidade Alfredo da Costa, porque permitia que para esse hospital fosse possível transferir todas as equipas qualificadas».