Economia

Repsol considera decisão argentina «ilícita» e anuncia medidas legais

A petrolífera Repsol considerou «manifestamente ilícita e gravemente discriminatória» a decisão do Governo argentino de expropriar 51 por cento da YPF, controlada em 57,4 por cento pela empresa espanhola.

Em comunicado remetido à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV), a petrolífera espanhola explica que «levará a cabo tomas as medidas legais que considere adequadas de acordo com o direito argentino, a normativa dos mercados onde cotiza e o direito internacional».

A petrolífera afirma que não se justificou a «utilidade pública» alegada para a decisão anunciada hoje pela presidente argentina, que para a Repsol representa um «patente incumprimento» das obrigações assumidas pelo Estado argentino na privatização da YPF.

«Viola os mais fundamentais princípios de segurança jurídica e de confiança da comunidade investidora», refere o comunicado.

A Repsol detalha que a sua participação de 57,43 por cento da YPF tinha um valor patrimonial de 4.122 milhões de euros no final de 2011, recordando que mantém um empréstimo com o grupo Petersen avaliado em 1.542 milhões de euros.

No final de 2011, a YPF representava 25,6 por cento do resultado operativo do grupo e 21 por cento do resultado depois de impostos, bem como 33,74 por cento dos investimentos.

A Repsol refere que, como consequência da medida anunciada hoje pelo Governo argentino, a dívida liquida do grupo se reduz em 1.600 milhões de euros.