Saúde

Desempregadas não estão a usar abortos como método contracetivo, diz associação

Duarte Vilar, da Associação para o Planeamento da Família, disse que se esperava um aumento ainda maior das Interrupções Voluntárias da Gravidez entre as desempregadas.

A Associação para o Planeamento da Família entende que não se pode dizer que as desempregadas estejam a usar os abortos como método contracetivo, apesar do aumento da IVG neste grupo.

Em declarações à TSF, o diretor-executivo desta associação disse mesmo que seria «eventualmente expectável um maior número de interrupções de gravidez devido à situação de crise económica e social pela qual o país a passar».

«O que acontece é que o número de abortos subiu muito pouco, o que quer dizer que há uma forte utilização da contraceção numa situação em que muitas famílias e casais não querem ter filhos» na atual «incerteza e precariedade», explicou Duarte Vilar.

Este responsável defendeu ainda que o Ministério da Saúde tem de definir um programa nesta área para os grupos mais vulneráveis, como os desempregados.

«Para além de continuar a haver, em termos globais, a educação sexual, a informação sobre contracetivos e a um acesso fácil à contraceção, o Ministério da Saúde tem de definir estratégias e prioridades de intervenção» para estes grupos.