A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (SRCOE) manifestou preocupação com o encerramento noturno da urgência do Hospital dos Covões, antecipando ruturas nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) nos períodos de maior procura.
«O encerramento noturno do serviço de urgência do Hospital Geral [conhecido por Covões] do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), está a preocupar a SRCOE, que prevê a ocorrência de ruturas no serviço de urgência dos HUC nos períodos de maior procura», alerta.
A urgência do Hospital dos Covões vai fechar, a partir do dia 28, no período entre as 20:00 e as 09:00, com os respetivos utentes a serem encaminhados para o serviço de urgência dos HUC/CHUC.
«Não está em causa a necessidade de rentabilizar os recursos existentes, mas sim a existência de estruturas que respondam às necessidades da população, em matéria de cuidados de urgência/emergência», sustenta o conselho diretivo da SRCOE em comunicado divulgado hoje.
Na perspetiva desta estrutura, «num serviço de urgência nunca é possível prever a afluência futura, por isso devem estar devidamente acautelados para responder aos picos de procura».
Na segunda-feira, o presidente do conselho de administração do CHUC, o médico Martins Nunes, garantiu que as urgências dos HUC/CHUC passarão a ter mais um médico entre as 00:00 e as 08:00 e terão capacidade para absorver os cerca de 40 utentes (dos quais apenas um com prioridade 'vermelha', máxima) que, em média, acorrem durante a noite aos Covões.
Com o fecho noturno do serviço de urgência do Hospital dos Covões, «toda a região do chamado 'Pinhal Interior', corredor territorial de elevada importância e que envolve os concelhos de Pedrógão, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Ansião, Penela, Condeixa-a-Nova e Soure, vai perder muito na área da saúde, já que a população vai ficar privada de um serviço de excelência que lhes dava confiança e proximidade», entende a estrutura regional da Ordem dos Enfermeiros.