Pedro Passos Coelho insiste que como não é adivinho e não tem uma bola de cristal não pode nem quer especular sobre mais medidas de austeridade. O primeiro-ministro diz que enquanto não tiver razões objetivas não vai falar da necessidade de mais austeridade.
«Não há nesta altura nenhuma intenção do Governo de tornar mais exigente o quadro de austeridade sobre os portugueses», afirmou Pedro Passos Coelho, após questionado pelos jornalistas sobre eventuais novas medidas de austeridade.
Pedro Passos Coelho argumentou que «o Governo baseia-se na realidade e não na ficção», ironizando que não é adivinho nem tem uma bola de cristal e afirmando que não compete a um primeiro-ministro «andar todos os dias a fazer especulações sobre o que é que fará se determinados eventos vierem a ocorrer».
«O que posso dizer aos portugueses é que o exercício orçamental será mais exigente e difícil do que estávamos à espera. (...) Procuraremos dentro da margem do próprio orçamento amplificar a nossa margem de segurança de modo a que os portugueses sejam o menos penalizados possível por quaisquer outras medidas que tenham que ser adotadas e não vou especular sobre quaisquer outras medidas enquanto não tiver objetivamente razões para o fazer», declarou.
O primeiro-ministro falava aos jornalistas no final de uma visita ao novo centro de investigação da Nokia Siemens Networks, em Alfragide, Amadora, que representa um investimento de 90 milhões de anos a aplicar em dois anos.