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Rússia e China defendem que transição deve ser decidida pelos sírios

A Rússia e a China, aliados tradicionais do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, afirmaram hoje que a transição de poder na Síria deve ser liderada pelos sírios.

A comunidade internacional aprovou hoje em Genebra, Suíça, um plano de transição para a Síria que inclui membros do atual regime, mas Washington afirmou de forma clara que não vê qualquer papel para Bashar al-Assad num futuro governo de unidade nacional.

«A maneira como o processo de transição (...) será realizado será decidida pelos sírios», sublinhou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, precisando que Moscovo tentou convencer os parceiros internacionais que seria «inaceitável» excluir qualquer grupo do processo de transição.

Opinião partilhada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi, que defendeu que o plano de transição para a Síria deve ser aceite por todos os sírios e não imposto pelo exterior.

Um plano de transição «só pode ser liderado pelos sírios e ser aceite por todas as partes importantes na Síria. As pessoas no exterior não podem assumir decisões em nome do povo sírio», sublinhou o ministro chinês, em conferência de imprensa.

Moscovo e Pequim têm sido dos únicos aliados da Síria, impedindo a tomada de posições pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O grupo hoje reunido em Genebra integrou os chefes da diplomacia dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), representantes de países da Liga Árabe (Iraque, Kuwait e Qatar) e da Turquia e os secretários-gerais da Liga Árabe e da ONU.

No encontro esteve igualmente a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Catherine Ashton.