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Atirador de Oak Creek pode estar ligado a grupos racistas brancos

Atirador de Oak Creek pode estar ligado a grupos racistas brancos Reuters

O FBI acredita que o autor do tiroteio ocorrido no domingo num templo religioso da comunidade sikh em Oak Creek, nos EUA, poderá estar ligado a grupos racistas e extremistas brancos.

Wade Michael Page, um antigo soldado com 40 anos, que foi abatido por um agente da polícia depois de ter morto a tiro seis pessoas, está a ser investigado por «terrorismo doméstico», confirmou a investigadora do Federal Bureau of Investigation (FBI) Teresa Carlson, numa conferência de imprensa.

«Estamos a investigar as ligações com grupos que elogiam a supremacia da raça branca», afirmou Teresa Carlson, que dirige a unidade do FBI em Milwaukee.

«Não existia qualquer investigação em curso sobre o suspeito antes dos acontecimentos de ontem [domingo]», indicou a responsável, garantindo que «nenhuma autoridade tinha indícios que o suspeito estaria a preparar qualquer coisa».

«Estamos a tratar o assunto como um possível caso de terrorismo doméstico», afirmou Teresa Carlson, esclarecendo que a definição de terrorismo doméstico «é o uso da violência para fins políticos ou sociais».

Teresa Carlson acrescentou ainda que o FBI está a vigiar de perto potenciais imitadores, ou seja, pessoas que poderão tentar perpetrar ataques semelhantes, insistindo não ter qualquer dado ou indício sobre o planeamento de eventuais novos ataques.

O tiroteio em Oak Creek ocorreu cerca das 10h45 locais de domingo, quando as pessoas se reuniam para o serviço religioso da manhã no templo.

Este não é o primeiro ataque contra a comunidade sikh nos Estados Unidos, que congrega entre 500 e 700 mil membros, que se queixam de serem frequentemente confundidos com muçulmanos. Segundo a tradição, os sikhs, originários da Índia, usam barbas compridas e turbantes a cobrir-lhes o cabelo, que nunca cortam.

O tiroteio de domingo é o mais significativo ataque contra elementos da comunidade sikh nos Estados Unidos e é um dos episódios que já fazem deste ano o pior das últimas duas décadas na ocorrência deste tipo de incidentes nos Estados Unidos.

Redação