O secretário-geral da CGTP, em declarações depois da reunião desta tarde com o primeiro-ministro, em São Bento, disse que o executivo tem uma situação complicada para resolver.
Arménio Carlos utilizou a expressão «embrulhada» para definir a situação do Governo e acrescentou que «agora falta saber se aquilo que é traduzido em discurso, que é a humildade para reconhecer os problemas, que é a humildade para perceber que os portugueses estão descontentes, se isso tem ou não tem significado».
Em relação a uma possível greve geral, o secretário-geral da CGTP voltou a garantir que esse cenário está em cima da mesa e sublinhou que tudo depende da atitude do executivo.
«Se o Governo acelerar a ofensiva, não poderá esperar outra resposta do movimento sindical da CGTP e dos trabalhadores que não seja a resposta adequada», afirmou Arménio Carlos, considerando prematuro avançar uma data.
Arménio Carlos, que falava aos jornalistas na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, acrescentou ainda que Pedro Passos Coelho disse à central sindical que poderia «modular» a proposta em relação à Taxa Social Única (TSU) mas «não avançou com nenhuma medida em concreto».
O dirigente sindical afirmou ter ficado «um tanto estupefacto» depois de o primeiro-ministro ter anunciado publicamente que «admitia uma reforma da proposta que apresentou».
Arménio Carlos anunciou também que amanhã, sábado, a CGPT vai apresentar alternativas «num contexto de equidade», onde «os rendimentos do capital vão ser ser taxados de acordo com as perspetivas que entendemos que é melhor para o país».