O antigo secretário de Estado do Trabalho diz que mantém uma visão otimista mas defende que o diálogo com os parceiros sociais não pode ser comprometido.
Luís Paes Antunes diz que o facto da agenda estar condicionada pelas imposições da troika torna o diálogo mais precioso.
O antigo secretário de Estado, que foi chamado pelo Governo no ano passado como mediador nas negociações da concertação social, recomenda sensatez.
«Se é que a minha recomendação vale alguma coisa, seria: se nós não vamos lá pelo diálogo e pelo consenso, dificilmente lá conseguiremos ir».
Paes Antunes desvaloriza, no entanto, a apresentação das medidas alternativas às mudanças na Taxa Social Única (TSU) em Bruxelas antes de serem reveladas aos parceiros sociais.
«Podemos estar a ferver um bocadinho em pouca água. Acho que nos tempos que atravessamos a calma e a ponderação deviam ser os principais mandamnentos a que devíamos obedecer», conclui.
Ainda assim, Paes Antunes diz esperar que o Governo não se atrase nos esclarecimentos ao Parlamento e aos parceiros sociais, com margem para alguma negociação.