Em Bucareste, o chefe do Governo lembrou que neste cargo não pode ser «líder partidário» e que por isso tem uma «coordenação muito intensa em primeiro lugar com os ministros de Estado».
O primeiro-ministro assegurou, esta quinta-feira, que mantém uma relação e uma coordenação muito estreita com todos os ministros, muito em especial com Paulo Portas e Vítor Gaspar.
No dia em que o líder do CDS confirmou, através de um comunicado, que o partido votará a favor do Orçamento de Estado, Passos Coelho lembrou que, como primeiro-ministro, tem de ter uma «relação muito próxima com todos os ministros».
«Como chefe do Governo, não sou líder partidário e isso obriga-me a ter uma coordenação muito intensa em primeiro lugar com os ministros de Estado [Vítor Gaspar e Paulo Portas], mas também junto de todo o Governo com que reúno de forma bilateral com muita regularidade», sublinhou.
Para Passos Coelho, faz parte do papel de primeiro-ministro «assegurar que as metas que estão estabelecidas vão sendo cumpridas por todos os setores e que todos os ministros estão em linha com os resultados que precisamos de obter».
Em Bucareste, o chefe do Governo não quis fazer comentários ao comunicado em que Portas anunciou o voto a favor do Orçamento, mas espera que agora a discussão sobre se o Executivo cai ou não cai «deixe de ocupar tanto tempo na nossa política interna».
Sobre eventuais alterações ao Orçamento, Passos Coelho lembrou que «um parlamento tem sempre todos os poderes de propor alterações e até de derrubar um Governo».
«Nenhuma das duas circunstâncias deve ser dramatizada: nem o Governo está para cair nem o Governo diz que não pode alterar uma vírgula aquele orçamento», explicou.
No entanto, o primeiro-ministro aproveitou para reiterar as palavras do ministro das Finanças que disse que a «margem de manobra é muito estreita, dado que as negociações com os nossos credores não são fáceis, ao contrário do que muitas vezes se tentou fazer crer».