O líder do PS afirmou-se aberto a uma reforma do Estado Social, mas acusou o Governo de pretender triturá-lo e de não ter mandato para cortar quatro ME na Saúde, Educação e Segurança Social.
Estas posições, de acordo com fonte socialista, foram assumidas hoje à noite por António José Seguro na reunião da Comissão Política do PS, que ocorre na véspera de ser recebido em Belém pelo Presidente da República.
Na reunião à porta fechada, adiantou a fonte, o líder dos socialistas procurou traçar uma linha de demarcação clara face à intenção do Governo de refundar as funções do Estado em Portugal.
Segundo as mesmas fontes, António José Seguro disse que «os portugueses podem contar com o PS para reformar o Estado Social, mas não para o triturar».
«Este Governo não tem mandato para cortar 4.000 milhões de euros na Saúde, na Educação e na Segurança Social», disse, considerando que a ideia de refundação do Estado avançada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, «é um álibi para escolher o falhanço da política» do executivo.
Fonte socialista adiantou, ainda, que dois terços da intervenção de António José Seguro perante a Comissão Política Nacional do PS foi dedicada à situação do país, tendo detalhado situações dramáticas de famílias e de empresas nacionais - casos de todo o país que disse chegarem ao seu conhecimento.
Neste contexto, o secretário-geral do PS criticou o Governo por ainda «carregar mais na austeridade» e classificou o Orçamento do Estado para 2013 como sendo «o orçamento do desemprego e da destruição da classe média».