Os ministros das Finanças da zona euro marcaram nova reunião para discutir as «necessidades de financiamento» da Grécia, anunciou o presidente do Eurogrupo, em Bruxelas.
Com o orçamento de 2013 aprovado, o ministro grego das Finanças trouxe a Bruxelas o otimismo e um argumento a favor da libertação da primeira parcela do segundo resgate a Atenas.
No entanto, a decisão do Eurogrupo foi a de deixar a Grécia alguns dias mais à espera. Jean Claude Junker díz que são necessárias ações adicionais.
«O Eurogrupo apela às autoridades gregas para completarem com carácter de urgência, algumas medidas que ainda são necessárias, de modo a permitir uma rápida conclusão da revisão da troika. Ao mesmo tempo, o Eurogrupo vai continuar a discutir as necessidades de financiamento e a sustentabilidade da dívida, numa reunião extraordinária que será convocada em 20 de Novembro, que é na realidade a continuação do encontro de hoje [segunda-feira]», afirmou.
As autoridades europeias começam a ficar satisfeitas com as medida tomadas em Atenas. O comissário Olli Rehn afirma que não é justo continuar a dizer que a Grécia é um mau exemplo.
«Essa perceção é prejudicial, injusta e simplesmente errada», comentou.
No entanto, a história da crise grega ainda não chegou ao fim e a ideia que a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, deixou é que muito ainda está por fazer.
«É fundamental que todos os capítulos do livro sejam não apenas abertos, mas que sejam encerrados satisfatoriamente. Isso significa ao nível da metas orçamentais, das reformas estruturais, e da análise sobre a sustentabilidade da dívida que teremos de voltar a trabalhar nos próximos dias», referiu Lagarde.
A Grécia vai continuar à espera mais alguns dias pela libertação de 31.500 milhões de euros da primeira parcela do segundo resgate a Atenas, que desde junho reclama este montante para pagar salários e pensões, e na próxima sexta feira vai ter de reembolsar cinco mil milhões em títulos do tesouro.