Em dia de greve geral, o chefe do Governo quis elogiar os que «se esforçam para acrescentar valor à economia portuguesa e a vencer as dificuldades».
O primeiro-ministro assinalou a «coragem de todos os que trabalham, querem trabalhar» e dos desempregados que «não se conformam com essa situação e fazem por melhorar as suas perspetivas de empregabilidade».
Em dia de greve geral, Pedro Passos Coelho preferiu «elogiar todos aqueles que, independentemente, de gostarem ou não do Governo, de estarem ao não na linha política dos partidos que o apoiam ou não, se esforçam para acrescentar valor à economia portuguesa e a vencer as dificuldades».
No final da visita que fez à fábrica da Sicasal, no concelho de Mafra, o chefe do Governo fez ainda referência à greve dos portos, que esteve, na sua opinião, na base da queda das exportações portuguesas.
«O direito à greve é sempre um direito inalienável dos trabalhadores, deve ser exercido com moderação de modo a não criar no seu exercício um resultado que seja mais penalizador do que é a intenção de quem recorre à greve», explicou.
Ainda falando sobre a paralisação dos portos, Passos Coelho assegurou ainda que o Executivo não está nervoso nem vai «adotar medidas musculadas» e lembrou a «posição de abertura ao diálogo» seguida até aqui pelo Governo.
O chefe do Executivo indicou que deverá ser conhecido esta quarta-feira o acordo entre operadores e sindicatos na área dos portos e garantiu que «se houver dificuldade em fixar um nível razoável dos serviços mínimos, tal como a lei prevê, será o Governo a fazê-lo».