Justiça

Submarinos: Defesa dos arguidos alemães quer anular julgamento

Nuno Godinho de Matos Global Imagens/Gerardo Santos

O advogado Godinho de Matos entende que não existem motivos para realizar o julgamento, pois foram revistas as contrapartidas do contrato que motivaram o processo.

A defesa dos três arguidos alemães no processo relativo à compra de dois submarinos pelo Estado português ao German Submarine Consortium pede, por isso, a anulação do julgamento que estava marcado para esta segunda-feira de manhã, nas Varas Criminais de Lisboa.

Em causa estão os benefícios que o Estado português devia ter recebido pela compra dos submarinos, sendo que o Ministério Público (MP) diz que parte desse dinheiro não terá sido aplicado na economia portuguesa.

O advogado dos três alemães, Nuno Godinho de Matos, lembra que o contrato de contrapartidas foi revisto no mês passado e entende por isso que o julgamento deixou de fazer sentido.

Para além dos três alemães, administradores da empresa multinacional Man Ferrostal, neste julgamento há ainda mais sete arguidos de nacionalidade portuguesa.

Horst Weretecki, que era vice-presidente da multinacional Man Ferrostaal, Antje Malinowski, sua subalterna, e Winfried Hotten, anterior responsável da empresa, são os arguidos alemães.

José Pedro Sá Ramalho, Filipe Mesquita Soares Moutinho, António Parreira Holterman Roquete, Rui Moura Santos, Fernando Jorge da Costa Gonçalves, António Lavrador Alves Jacinto e José Mendes Medeiros são os sete empresários portugueses ligados à ACECIA, um grupo de empresas de componentes para a indústria automóvel.