A operação "Buraco no Asfalto" da PJ chegou hoje a casa do ex-ministro das Finanças, de Costa Pina e Almerindo Marques. A TVI diz que as buscas estão relacionadas com o inquérito às PPP.
O Ministério Público procura indícios criminais no negócio entre o Estado e os concessionários das auto-estradas do Norte e Grande Lisboa.
No contrato já conhecido, o Estado não tinha despesas e passou a ter encargos líquidos de 895 milhões de euros, valor equivalente a uma nova ponte sobre o Tejo. Esta alteração foi já considerada «ruinosa» pelo Tribunal de Contas.
Os secretários de Estado do Tesouro e das Obras Públicas do anterior governo de Sócrates assinaram o documento.
Agora, Teixeira dos Santos, antigo ministro das Finanças, Costa Pina, antigo secretário de Estado do Tesouro e hoje administrador da Galp, e Almerindo Marques, antigo presidente da Estradas de Portugal e agora na Opway - construtora do grupo Espírito Santo, foram alvo de buscas da PJ no âmbito deste inquérito crime.
Almerindo Marques, ao telefone, e Teixeira dos Santos, num depoimento escrito, disseram à TSF, esta noite, que «quem não deve, não teme».
Para além do ex-ministro, do antigo secretário de Estado e do ex-presidente da Estradas de Portugal, há vários membros da comissão negociadora (criada em 2010) investigados pela PJ, entre eles elementos das empresas Ascendi, Mota Engil, e do Grupo Espirito Santo.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), através da operação da PJ, "Buraco no Asfalto", levou dezenas de investigadores a fazer buscas domiciliárias e nos locais de trabalho.
Em setembro, a PJ "visitou" também as casas de Mário Lino, António Mendonça e Paulo Campos, à procura de documentos.
Notícia atualizada às 23h33