Com este montante, o ministro da Saúde garante o normal funcionamento de hospitais, o fornecimento de medicamentos e a realização de cirurgias.
«Tanto estão garantidos que os hospitais aumentaram o número de cirurgias em relação ao ano passado», sublinhou Paulo Macedo, que falava no Hospital de S. João, no final da cerimónia de celebração do 10.º aniversário da utilização da Estimulação Cerebral Profunda, técnica inovadora no tratamento dos sintomas de Parkinson.
Segundo o ministro, «9.500 milhões de euros, de certeza que asseguram o normal funcionamento dos hospitais e não só aquilo que infelizmente temos de assegurar, que é a regularização de dívidas passadas. Penso que os portugueses não estarão disponíveis para pagar mais para a saúde, nem é necessário».
«Não percebo de onde vem a novidade da falência técnica de hospitais. Infelizmente, os que estão em falência técnica já o estavam antes e alguns agravaram a sua situação, como eu referi na Assembleia da Republica. Não há qualquer novidade. O dinheiro que os portugueses afetaram à saúde foi mais do que suficiente», afirmou.
«Aumentámos em 2012 o número de cirurgias face a 2011, tivemos mais recrutamentos de médicos em 2012 do que em 2011 e abrimos mais concursos para internos para 2013 como nunca abrimos no passado. Portanto, há aqui questões que não são só de recursos, certo?», acrescentou.
«Há um amplo consenso nacional sobre a necessidade de melhorar a gestão e de uma melhor afetação dos recursos e é isso, felizmente, que temos vindo a ver. Se há hospitais que têm grandes dificuldades, temos outros que têm feito uma evolução extraordinária», frisou.
O ministro da Saúde acrescentou que «os hospitais entrarão no próximo ano com menos dívidas acumuladas do que tinham em 2011, porque uma parte do dinheiro foi para regularizar dívidas do passado, mas obviamente que a gestão terá de ser feita no quadro de exigência e rigor que a situação do país obriga».
Já na sua intervenção, Paulo Macedo tinha defendido «a necessidade de reduzir redundâncias e fazer uma gestão mais eficaz» como «a única forma de garantir um Serviço Nacional de Saúde de qualidade».
«Vamos manter o Serviço Nacional de Saúde conseguindo eliminar o desnecessário e reforçar o imprescindível», frisou.