O Governo de transição da Guiné-Bissau decretou dois dias de luto nacional em memória de mais de duas dezenas de pessoas que morreram no naufrágio de uma piroga ao largo de Bissau.
O decreto de luto nacional saiu de uma reunião extraordinária do conselho de ministros, e foi promulgado pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
O luto nacional é observado a partir da meia-noite de hoje, até a meia-noite do dia 30, lê-se no decreto a que a agência Lusa teve acesso.
Durante os dias de luto, a bandeira da Guiné-Bissau será colocada a meia haste, em todos os edifícios públicos no país e nas embaixadas e representações diplomáticas no estrangeiro, estando encerradas as salas de espetáculos e recintos de diversão.
Estão também interditos os bailes públicos ou manifestações lúdicas.
O decreto do Governo diz que o naufrágio registado hoje de manhã de uma piroga, ao largo de Bissau, constitui «uma tragédia nacional», numa altura em os guineenses esperam por um novo ano «de renovadas esperanças».
Também o Presidente do país, Serifo Nhamadjo se declara «consternado e com dor pelo desaparecimento físico de dezenas de guineenses».
«Neste momento de dor e de mágoa, gostaríamos de, em nome do povo guineense, do Governo e em meu nome pessoal, endereçar às famílias enlutadas os nossos sentimentos de dor e de solidariedade e, ao mesmo tempo, transmitir as nossas mais profundas condolências», lê-se numa mensagem de condolências, assinada por Serifo Nhamadjo, a que a Lusa teve acesso.
De acordo com fontes médicas e da capitania dos portos de Bissau, pelo menos 23 pessoas morreram e 74 foram salvas no naufrágio de uma piroga, supostamente superlotada, proveniente da ilha de Bolama para Bissau.
O número de passageiros a bordo é incerto e as mesmas fontes admitem que várias pessoas continuem desaparecidas.