No Parlamento, a deputada Teresa Santos lembrou que o Governo de José Sócrates se comprometeu a não aumentar o salário mínimo durante a vigência do programa de ajustamento.
O PSD considerou, esta sexta-feira, que o aumento do salário mínimo para 515 euros defendido pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda «é justo mas, neste momento, não é prioridade».
No Parlamento, a deputada Teresa Santos admitiu que este aumento estava previsto no acordo de concertação social, mas não foi feito por causa da «crise que levou o Governo do PS a assinar o memorando de entendimento sobre as condicionantes de política económica».
Nesse memorando, lembrou esta parlamentar, consta um ponto em que o executivo liderado por José Sócrates se comprometia a que «durante a duração deste programa qualquer aumento do salário mínimo só terá lugar se justificado pela evolução económica e do mercado de trabalho e após acordo no quadro de revisão do programa».
«Questiono agora as bancadas proponentes se perspetivam para 2013 uma evolução económica e de mercado de trabalho que justifique podermos cumprir com o memorando e recebermos as tranches que ainda nos restam e ao mesmo tempo podermos acompanhar as vossas iniciativas?», perguntou.
Por seu lado, o deputado Artur Rego, do CDS, questionou-se sobre qual seria o «efeito na vida dos trabalhadores que perdessem o seu emprego por causa» do aumento do salário mínimo.