Política

Passos Coelho critica quem já pensa em eleições antecipadas (vídeo)

Pedro Passos Coelho Global Imagens

Numa referência ao PS, o primeiro-ministro criticou quem quer colocar na agenda a hipótese de eleições antecipadas quando, «no essencial», o Governo está a obter resultados no ajustamento.

No primeiro debate quinzenal do ano, Pedro Passos Coelho criticou quem apenas olha para o «seu umbigo» e sublinhou que o atual governo só não vai concluir a legislatura se os dois partidos que compõem a coligação não quiserem.

Na mesma linha, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, acusou o secretário-geral do PS, António José Seguro, de querer eleições antecipadas, motivado por «algumas razões internas», mas manifestou-se certo de que a legislatura vai durar até ao fim. «As eleições serão em 2015», afirmou.

«Está o país a pagar caro, muito caro, o falhanço do PS, a fatura socialista, e já vêm os mesmos, de fato novo, a dizerem que querem eleições. E, pasme-se, até querem uma maioria absoluta», declarou Luís Montenegro, atribuindo ao PS «taticismo, impaciência e falta de credibilidade».

Pedro Passos Coelho voltou ainda a defender reformas, considerando que o «Estado social que o país soube construir nas últimas décadas tem pés de barro».

O primeiro-ministro afirmou que o Governo quer defender o Estado social, tornando-o «sustentável» e «real».

O primeiro-ministro respondia ao líder do Bloco de Esquerda (BE) e deputado João Semedo, que abriu hoje o debate quinzenal com o Governo, no Parlamento, e acusou o Executivo de fazer uma «terraplanagem» ao Estado social.

Na resposta, Passos Coelho disse que «Portugal em 2011 não tinha dinheiro para pagar o Estado social, nem o resto».

«Nós queremos defender o Estado social, de tal maneira que possa ser sustentável para os portugueses, portanto, real, e não uma ilusão», disse.