A empresa proprietária do autocarro que vitimou 11 pessoas na Sertã, garantiu hoje que o veículo estava em condições, admitindo, no entanto, desconhecer a data da matrícula.
«Estava tudo bem, tudo seguro», afirmou administradora da empresa Rabazo Autocares, de Badajoz, em Espanha, em declarações à agência Lusa.
Célia Rabazo admitiu, no entanto, que não sabia qual a data da matrícula do autocarro, sendo que em Espanha só os veículos de longo curso posteriores a 2007 têm obrigação de ter cintos de segurança em todos os lugares, enquanto em Portugal a imposição vigora desde 1999.
Entre os sobreviventes, os relatos referem que muitos dos passageiros foram projetados do autocarro porque não estavam a usar cinto de segurança.
Em declarações à TSF, Alviño Herrera, da empresa Rabazo, proprietaria do autocarro, garante que não sabia da diferença de regras entre Portugal e Espanha.
Onze pessoas morreram no domingo e 32 ficaram feridas num despiste do autocarro onde seguiam, que caiu numa ravina cerca das 8h30, no nó de acesso do IC8 ao Carvalhal, na Sertã, distrito de Castelo Branco.