Na Comissão Política Nacional, o líder do PS disse que não admite que o «combate político seja condicionado por agendas pessoais, mera ambição pessoal e pelo regresso ao passado».
O secretário-geral do PS anunciou, esta terça-feira, na abertura da reunião da Comissão Política Nacional socialista, a recandidatura à liderança do seu partido nas próximas eleições diretas.
Num discurso de cerca de 15 minutos, António José Seguro, segundo fontes oficiais do partido, disse que «não admito que nenhum combate político seja condicionado por agendas pessoais, mera ambição pessoal e pelo regresso ao passado».
Seguro recebeu palmas de membros da Comissão Nacional socialista quando usou as palavras de «cinismo, hipocrisia e deslealdade».
O líder socialista terá considerado ainda que os últimos acontecimentos no partido nada têm a ver com política, mas apenas com lugares e jogos de poder.
Na sua intervenção, Seguro terá dito ainda que é uma irresponsabilidade haver uma obstrução permanente à ação da liderança, uma ação intolerável num partido democrático.
O secretário-geral do PS terá também lembrado que nunca se ouviram este tipo de críticas à sua liderança nos órgãos próprios do partido nem nunca houve uma rejeição do programa.
Seguro terá também sublinhado que esta deslealdade enfraquece o partido num momento em que o país precisa que o PS combata o Governo.
A intervenção do líder do PS também terá feito referência à lista de combate que Seguro considerou ganhos contra o Governo e uma referência às sondagens positivas em relação ao seu partido.
Esta não terá sido a única intervenção de António José Seguro nesta noite, uma vez que o líder socialista poderá ainda falar nesta reunião da Comissão Política Nacional do PS.