Economia

PM: Recessão mais grave deve-se a crise «em todo o espaço da UE»

A revisão em baixa das previsões para a economia portuguesa deve-se a uma «correção imposta pelo contexto europeu» e não a fatores internos, disse Pedro Passos Coelho.

«Hoje de manhã, a Comissão Europeia divulgou novas previsões para todo o espaço da União Europeia», disse Passos Coelho, em Viena, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro austríaco, Werner Faymann.

«Em todo o espaço europeu, essas previsões são mais modestas e recessivas que as disponíveis no final do ano passado», acrescentou.

A Comissão Europeia anunciou hoje prever que a recessão portuguesa em 2013 seja quase o dobro do estimado inicialmente: uma contração de 1,9%, em vez de 1%.

«Como creio que [o eurocomissário dos Assuntos Monetários] Olli Rehn terá afirmado, isso advém de um segundo semestre e em particular de um último trimestre de 2012 com um desempenho económico mais negativo que o esperado», afirmou Passos Coelho em resposta aos jornalistas.

«É essa a razão porque a cada passo se corrigem as previsões. Para Portugal, a correção é imposta pelo contexto europeu. Quer dizer, não há nenhuma razão do ponto de vista da procura interna que implique um comportamento mais negativo da economia», sublinhou.

O primeiro-ministro disse ainda que a Comissão continua a prever «crescimento positivo» para 2014 em Portugal, e que isso «é importante».

Passos Coelho conclui hoje uma visita de 24 horas a Viena. Para além de um encontro com o chanceler austríaco, Werner Faymann, o governante português vai ainda encontrar-se com o Presidente federal da Áustria, Heinz Fischer.

Redação