Economia

Aumento do salário mínimo tem impacto positivo, defendem economistas

Dinheiro

Com o aumento do salário mínimo de novo no debate político, José Reis, diretor da Faculdade de Economia de Coimbra, explicou, no Fórum da TSF, que são mais vantagens do que as desvantagens num aumento do valor. Também João Duque, presidente do ISEG, destacou que só em empresas com mão de obra muito pouco qualificada é que o aumento do SMN poderia fazer subir o desemprego.

José Reis, diretor de Economia da Universidade de Coimbra e um dos subscritores da petição pelo aumento do salário mínimo, criticou as palavras do primeiro-ministro, que se mostrou contra o aumento da salário mínimo, sublinhando que Pedro Passos Coelho não tem a noção daquilo que faz movimentar a economia.

«O primeiro-ministro tem uma opinião muito pouco fundada, porventura errada, sobre a economia e sobre a forma como esta funciona. O salário mínimo coloca muitas pessoas abaixo do limiar de dignidade», defendeu.

No fórum da TSF, José Reis considerou ainda que os custos salarias para as empresas são mínimos quando comparados com os benefícios para a economia nacional.

Também João Duque, presidente do ISEG, disse que o argumento utilizado por Passos Coelho de que aumentar o SMN faria aumentar o desemprego só faz sentido em empresas que tenham mão de obra muito pouco qualificada.

Na mesma linha, Ferraz da Costa considerou que aumentar o salário mínimo nas empresas com trabalhadores pouco qualificados poderia significar o fim para essas empresas.

O presidente do Fórum para a Competitividade defendeu que as exportações são, de facto, o futuro. Ferraz da Costa disse ainda que compreende a posição assumida pelo Governo neste debate sobre o SMN.