Alberto Martins, do PS, considerou «inqualificável» que um primeiro-ministro diga que «aumentar o salário mínimo gera mais desemprego». Na resposta, o CDS acusou o PS de ter rompido o acordo para o aumento do salário mínimo.
O socialista Alberto Martins considerou, esta quinta-feira, «inqualificável» que um primeiro-ministro defenda, como defendeu na Assembleia da República na quarta-feira, que «aumentar o salário mínimo geraria mais desemprego».
«O contributo ideal do primeiro-ministro para Portugal seria assim reduzir o salário mínimo nacional, o que demonstra querer aumentar a competitividade pelos baixos salários», acrescentou.
No Parlamento, este ex-ministro da Justiça entende que assim se prova a «inacreditável insensibilidade social do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho».
Na resposta, o democrata-cristão João Almeida lembrou que «não é verdade» que o PS «tenha rompido o compromisso que assinou sobre o salário por causa do memorando de entendimento».
Este deputado do PS lembrou uma notícia titulada «Sócrates deixa cair acordo de salário mínimo, datada de 1 de dezembro de 2010, notícia por isso «não contemporânea da assinatura do memorando de entendimento».
«Quem rompeu o acordo para o aumento do salário mínimo foi o PS mais de três meses antes de a troika ter sido chamada pelos senhores a Portugal», concluiu.