A Comissão Europeia escusou-se hoje a comentar a decisão do PS de apresentar uma moção de censura ao Governo, mas reiterou a importância de um consenso entre as principais forças políticas para a implementação das reformas bem sucedida.
Questionado durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário sobre a decisão adotada na quinta-feira à noite pelo PS, principal partido da oposição, de apresentar uma moção de censura ao Governo de coligação PSD/CDS-PP, pondo termo ao consenso político que a Comissão sempre defendeu, o porta-voz Olivier Bailly reafirmou esta posição de Bruxelas, mas escusando-se a comentar «desenvolvimentos políticos nos estados-membros».
«A nossa posição é clara quanto à necessidade de consenso político para implementar reformas, pelo que é da responsabilidade dos líderes políticos e dos partidos políticos ter as discussões necessárias entre si. Mas não vamos comentar este procedimento em particular», limitou-se a dizer.
A proposta do secretário-geral do PS, António José Seguro, para a apresentação de uma moção de censura ao Governo foi aprovada na quinta-feira à noite por unanimidade em reunião da Comissão Política dos socialistas.