Para o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, a estratégia do Governo repete a receita, «está a matar o doente de uma forma ainda mais rápida» e atinge os mesmos «alvos de sempre».
O Governo tem um plano, para concretizar a dois tempos, depois chumbo do Tribunal Constitucional de quatro medidas do Orçamento de Estado.
Ao que a TSF apurou junto do Executivo, a primeira parte dessa estratégia será hoje aprovada em Conselho de Ministros e servirá de argumento negocial que Vítor Gaspar usará por estes dias nos encontros em Dublin do Eurogrupo e do Ecofin.
Para Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, esta é uma estratégia que não foge ao que tem sido o histórico do Governo e diz que se repete a receita.
O dirigente sindical afirma que na mira estão os «alvos de sempre, os trabalhadores da administração pública e a população em geral».
«Uns pela redução de salários e direitos, os restantes com a diminuição das condições de acesso no que diz respeito às funções sociais do Estado», adianta Arménio Carlos.
Quanto ao eventual aumento da idade da reforma para os 67 anos, o secretário-geral da CGTP considera que é «inadmissível».
«Estas políticas estão a levar o país a uma situação de suicidio económico e social, mas o Governo insiste na mesma receita está a matar o doente de uma forma ainda mais rápida», adianta.