Sem se pronunciar sobre o resultado das reuniões em que se debate o alargamento do prazo para pagar à troika, o ministro alemão das Finanças avisa que a decisão não será tomada de ânimo leve.
«Temo-nos habituado a lidar cautelosamente com os riscos durante os últimos três anos e a adoptar decisões responsáveis. Estamos no início das discussões e a aguardar o relatório», disse Wolfgang Schäuble.
Já o ministro irlandês das Finanças, Michael Noonan, reconhece que o processo de formalização do acordo não ajuda a prever qual o desfecho do encontro.
«Penso que o mais importante é que não vejo qualquer oposição nos princípios. Mas, obviamente, há o caso particular de alguns países que tem que passar pela formalidade dos parlamentos nacionais. Por vezes é difícil prever quais poderão ser, de alguma forma, as dificuldades nos parlamentos», afirmou.
Com esperança num acordo, o presidente do Eurogrupo, Jerum Dijsselbloem rejeita a ideia da extensão do prazo das maturidades ser uma consequência do falhanço dos programas de austeridade.
«Isso não prova que os programas não funcionam. Prova que funcionam. Porque os ajuda a sair dos programas. Os dois países precisa de aliviar alguns picos de pagamentos para sair do programa e regressar novamente aos mercados», sublinhou.
Estas declarações foram feitas à chegada ao Castelo de Dublin, onde o ministro alemão das Finanças recordou que qualquer decisão destes encontros terá de passar pelo parlamento em Berlim.