O presidente do Eurogrupo está confiante que os ministros das Finanças europeus cheguem a acordo sobre os pedidos português e irlandês de mais tempo para pagar dos empréstimos.
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«Vamos tentar alcançar uma decisão sobre as maturidades, o que penso que é muito importante», porque permitirá que os dois países voltem a ter «pleno acesso ao mercado», disse aos jornalistas Jeroen Dijsselbloem, à entrada para a reunião dos ministros das Finanças, em Dublin.
Quando questionado sobre se será possível esperar uma decisão sobre os pedidos português e irlandês, o presidente do Eurogrupo afirmou: «Espero que sim».
Quanto aos prazos para a extensão das maturidades, Dijsselbloem recordou que há várias propostas que serão discutidas hoje, entre as quais um período de 7 anos.
«Penso que [a concessão de mais sete anos] será a primeira proposta a ser discutida. Estou otimista», disse.
O presidente do Eurogrupo afirmou ainda que o Eurogrupo está atento ao que o Governo português vai fazer para compensar as consequências do 'chumbo' do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado para este ano.
«Estou certo de que o nosso colega português [o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que representa Portugal na reunião] vai dar-nos alguma informação», disse.
O pedido de extensão das maturidades, feito por Portugal e pela Irlanda a 21 de janeiro, deverá dominar a reunião informal do Eurogrupo (ministro das Finanças da zona euro), na capital irlandesa, que será seguida por um encontro alargado aos titulares da pasta das Finanças do 27 Estados-membros.
O ministro Vítor Gaspar deverá apresentar aos seus homólogos garantias que os convençam a aprovar uma extensão nas maturidades dos empréstimos, depois do 'chumbo' do TC, que gerou um 'buraco' de 1.326 milhões de euros líquidos.