Álvaro Santos Pereira quer um país mais competitivo e, para isso, quer avançar já com a reforma do IRC. O ministro da Economia sublinha ainda a importância de dois consensos: político e social.
Em entrevista ao Gente que Conta, programa de entrevistas conduzido por Paulo Baldaia, diretor da TSF, e João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, Álvaro Santos Pereira afirma que é urgente reduzir o IRC.
«A redução do IRC tem que acontecer o mais rapidamente possível, tem que ser anunciada o mais rapidamente possível, assim que a reforma do IRC estiver concluída, porque nós precisamos, nós temos já para os investidores internacionais e nacionais, já conseguimos ter um País bem mais competitivo do que tínhamos há uns meses e há uns anos atrás, mas falta-nos a componente da competitividade fiscal», explica.
Nesta entrevista, o ministro esclarece ainda que a definição da estratégia de crescimento e fomento industrial, esta semana discutida em conselho de ministros, envolveu todo o Governo. Agora será a vez de apresentar o "memorando para o crescimento" aos parceiros sociais e partidos da oposição, admitindo haver uma margem para modelação de algumas propostas.
Santos Pereira reconhece que o acordo de concertação social era demasiado «abrangente» e, por isso, as medidas não podiam ser concretizadas na totalidade logo no primeiro ano após a sua assinatura.
«O acordo de concertação social não foi um acordo para se fazer... era um acordo de tal modo abrangente que não se podia fazer todas as medidas em meio ano ou um ano, era um acordo para os próximos anos. Continua a ser um acordo em que nós, todos os meses, enviamos aos parceiros sociais aquilo que já foi feito e o que falta por fazer», afirma.
O ministro sublinha ainda a necessidade da existência de dois consensos: «Precisamos de ter o consenso social, ou seja, o diálogo social com os parceiros sociais tem que ser mantido a todo o custo. (...) e, por outro lado, nas grandes reformas, duas ou três etapas que é preciso fazer, nomeadamente ao nível da estabilidade fiscal, da estabilidade legislativa, tem que haver um consenso político alargado», conclui.