Política

CDS e PSD estão em «comunhão forçada», diz CGTP

Arménio Carlos Global Imagens/Paulo Spranger

O líder da CGTP aproveitou ainda para criticar o «ilusionismo de Paulo Portas», que «rejeitou o imposto sobre as pensões para depois e, com muita pressa, subscrever essa medida».

O líder da CGTP entende CDS e PSD estão em «comunhão forçada» e repudiou aquilo que disse ser uma encenação do Governo, em especial de Paulo Portas.

«A pretexto de uma hipotética sensibilidade social, repescada pela Direita, em prelúdio eleitoral, mas rapidamente esquecida na governação, o ilusionismo de Paulo Portas ficou mais uma vez expresso quando veio rejeitar o imposto sobre as pensões e a ghetização dos pensionistas para depois e, com muita pressa, subscrever essa medida», explicou Arménio Carlos.

O secretário-geral desta central sindical, que acredita que o Executivo irá mesmo avançar com a taxa sobre as pensões, defendeu ainda que se o CDS não concorda sobre a taxa sobre as pensões devia vetar essa medida e abandonar o Executivo.

«O que está em marcha é uma tentativa de manipulação da opinião pública para dar a ideia que afinal a redução do valor das pensões até lá está no memorando da troika, mas que aquilo não é para valer», explicou.

Contudo, de acordo com Arménio Carlos, «todos sabemos que a troika não brinca em serviço nestas coisas e quando avança com um documento e define medidas para concretizar toma todas as medidas para que sejam concretizáveis».

Perante este cenário, o líder da CGTP voltou a pedir ao Presidente da República para que demita o Governo e convoque eleições antecipadas, tendo Arménio Carlos criticado a agenda da reunião do Conselho de Estado marcado para 20 de maio.

Arménio Carlos entende que não faz sentido discutir o Portugal pós-troika, assunto que, na opinião do secretário-geral desta central sindical, não corresponde à realidade atual do país.