A TSF sabe que os administradores das 6 sociedades de capitais públicos que contrataram produtos financeiros de alto risco estão a ser convocados pelo Governo para se demitirem dos cargos.
O Governo começou hoje a mandar embora vários administradores das seis sociedades de capitais públicos que contrataram produtos financeiros de alto risco.
De acordo com informações recolhidas pela TSF, estes administradores estão a ser chamados para reuniões com os governantes da tutela.
Deste modo os gestores da Metro de Lisboa, da Metro do Porto, da Carris, dos STCP, da CP e da Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos têm que arrumar os papéis.
A posição do Governo é para que os responsáveis destas empresas que, exercendo funções de presidente executivo do conselho de administração, membro do conselho de administração com o pelouro financeiro e que exerçam actualmente funções de gestão ou de direção em entidades públicas que estiveram envolvidas nas decisões relativas a contratos de natureza especulativa ou contratualmente desequilibradas, com prejuízo para o Estado e interesse público, se demitam.
A demissão permite, deste modo, possam responder sem constrangimentos perante a comissão parlamentar de inquérito que vai arrancar para a semana.
As perdas potenciais do estado com estes contratos rondam os três mil milhões de euros.
Por causa destes contratos especulativos, o Orçamento Rectificativo hoje apresentado prevê um reforço da dotação para estas empresas na ordem dos 440 milhões de euros.
O Governo começou há três meses a tentativa de redução de danos com os bancos estrangeiros que comercializaram estes produtos. Quer o Santander, quer o JP Morgan não aceitaram negociar, pelo que o Estado avançou para o tribunal.
Este caso também obrigou à demissão de dois secretários de Estado. Paulo Braga Lino e Juvenal da Silva Peneda, ambos administradores da Metro do Porto saíram do Governo devido às sawps.