Política

CIP condena «irresponsabilidade» política mas rejeita eleições antecipadas

O presidente da CIP afirmou hoje que a organização patronal que representa, e que será esta tarde recebida pelo Presidente da República, não defende eleições antecipadas, e que «no atual quadro parlamentar existem soluções para ultrapassar esta crise».

«Não defendemos eleições, entendemos que no quadro parlamentar existem soluções. Não sei se o Presidente da República vai validar a solução que o primeiro-ministro lhe apresentou, mas defendo que no quadro parlamentar existem soluções para ultrapassar esta crise, em que irresponsavelmente nos colocaram», afirmou António Saraiva em declarações aos jornalistas à margem da Conferência "Processo da Reforma do Estado - O Estado Social e o Crescimento Económico", promovida pela CIP - Confederação Empresarial de Portugal.

António Saraiva considera que a crise política causada pelas demissões sucessivas dos números dois e três do Governo causaram «enormes danos» ao país, colocando-o «no olho do furação».

«Esta é a tempestade perfeita, da qual felizmente penso que começamos a vislumbrar alguma saída, mas lamento a irresponsabilidade política, que pôs em causa um dos pilares fundamentais que era a estabilidade política», acrescentou.

Quanto à alternativa à continuidade do Governo através do recurso a eleições antecipadas, o presidente da CIP considerou que a solução levaria «a um enorme atraso das instituições, porque até termos eleições, um novo governo e o Orçamento do novo Governo estaríamos a falar em março de 2014. E o país não pode esperar, a economia, as empresas não suportam mais atrasos no seu desenvolvimento».