O juiz do Tribunal Superior de Justiça da Galiza vai interrogar o maquinista por suspeita de na origem do acidente de comboio, em Santiago de Compostela, ter estado um excesso de velocidade.
É a primeira diligência do juiz que preside às investigações judiciais. Foi dada ordem para que o maquinista seja conduzido ao Tribunal Superior da Junta da Galiza para ser interrogado.
Numa altura em que a caixa negra do comboio já está na posse do juíz, esta diligência pode confirmar as suspeitas de excesso de velocidade por parte do maquinista.
Fontes da investigação adiantam que o condutor do comboio reconheceu que ia a uma velocidade de cerca de 190 quilómetros por hora numa zona limitada a 80.
O maquinista, que teve ferimentos ligeiros neste acidente onde morreram 80 pessoas, está neste momento internado no hospital, sob a custódia da Polícia Judiciária.
O condutor do comboio estava há mais de um ano a trabalhar nesta linha e tem ampla experiência, exercendo estas funções desde o ano 2000, adiantou o presidente da Renfe, Julio Gómez-Pomar Rodríguez, em declarações à Cadena Cope.
O presidente da Renfe garantiu também que o comboio que descarrilou não tinha nenhum problema técnico, assegurando que o veículo tinha chegado de uma revisão.
Entretanto no local do acidente já terminaram as buscas por mais vítimas. O balanço oficial aponta para 78 mortos e 178 feridos, destes 95 permanecem no hospital.