O ministério das Finanças defende que o documento divulgado pela SIC e revista Visão terá sido manipulado. Joaquim Pais Jorge, adianta o Diário de Notícias, mantém-se no cargo.
O ministério das Finanças alega que o documento em causa - que tem sido noticiado pela comunicação social com propostas de contratos swap do Citigroup ao Governo de José Sócrates em 2005, e onde consta o nome de Joaquim Pais Jorge - foi manipulado.
Num comunicado enviado às redações, o ministério das Finanças adianta que há dois documentos diferentes e no documento original não consta o nome do secretário de Estado do Tesouro.
Diz o ministério que «o documento que chegou às mãos dos jornalistas não tem qualquer referência cronológica, nem números de páginas», ao contrário do documento original e verdadeiro que data de 1 de julho de 2005.
«Estas discrepâncias serviram para introduzir, como segunda página do documento na posse da comunicação social, um organigrama inverosímil, que não consta da apresentação original, com o logótipo do banco com um grafismo diferente. É neste organigrama, e apenas nele, que aparece o nome do secretário de Estado do Tesouro», defende o ministério das Finanças.
O esclarecimento das Finanças surge depois de, esta terça-feira, o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, ter dito que tinham sido «detectadas inconsistências problemáticas» referentes ao envolvimento do secretário de Estado do Tesouro na tentativa de venda de "swap" ao Executivo anterior.