O presidente da Comissão Europeia escusou-se a comentar uma eventual revisão da meta do défice português para 4,5%, mas salientou que Portugal tem que garantir a confiança dos mercados.
«Não me posso pronunciar» sobre a proposta governamental de nova flexibilização da meta do défice para 2014 (de 4,5% em vez de 4%), disse José Manuel Durão Barroso, falando a jornalistas portugueses à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu.
«Nestas questões, a análise não é muito política. A análise é do que se deve fazer para ganhar a confiança dos investidores. O que querem saber os investidores é se Portugal vai cumprir os objetivos a que se comprometeu», explicou.
Durão Barroso insistiu que não importa muito aquilo será decidido por uma determinada instância, mas sim «Portugal ter de convencer os investidores em geral».
«É aí que estamos a tentar e como Portugal pode manter a credibilidade apesar da crise política, que, com certeza, teve um custo bastante sério em termos de credibilidade na aplicação do programa», adiantou.
Para Durão, «o que Portugal tem que fazer é ganhar a confiança dos investidores, para poder voltar a uma situação de normalidade financeira».
O líder do executivo comunitário lembrou que estão em preparação a 8.ª e 9.ª avaliações da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
«Vamos ver as últimas avaliações», sublinhou ainda, referindo que a questão é saber-se se «Portugal vai ou não cumprir os objetivos a que se comprometeu».