Economia

Passos critica PS por propôr meta de 5% para o défice em 2014

Pedro Passos Coelho Global Imagens/Vítor Rios

O primeiro-ministro disse ontem que não é boa ideia criar ilusões. Sem referir um valor para a meta do défice de 2014, Passos Coelho sublinhou a importância de manter o rumo.

Pedro Passos Coelho, num jantar-comício de campanha do PSD para as autárquicas, em Barcelos, referiu que houve quem tivesse afirmado que «o défice para o para o próximo ano devia ser pelo menos 5%, se puder ser mais, melhor, mas pelo menos 5%», numa alusão ao PS.

Contra a ideia defendida pelo PS perante a troika de que os compromissos de Portugal e as metas do défice podem e devem ser flexibilizados, o primeiro-ministro respondeu perentoriamente: «o nosso grande objetivo é o de prosseguir neste rumo que temos traçado de controlar as contas públicas, gastar de acordo com as possibilidades do país».

Passos Coelho acrescentou que «o Estado continua a gastar mais do que deveria» e lamentou que haja quem defenda que «devia gastar ainda mais».

O primeiro-ministro insistiu que o Governo não pode «facilitar nas políticas públicas», nem criar ilusões pois não é sério criar expectativas falsas aos portugueses.

«Temos de deixar para trás das costas os políticos que têm com a realidade uma relação de ficção. Vêem a realidade como gostariam que ela fosse e não como ela é. Normalmente isso conduz a muito maus resultados, desde logo porque se criam expectativas que não são realizáveis», criticou.

Passos Coelho apontou ainda uma atitude de contradição ao PS: »Tão depressa nos acusam de escondermos essas outras políticas que têm um impacto negativo como afirmam, no mesmo passo, que, mesmo sem ver, votarão contra o próximo Orçamento do Estado porque todas as medidas já são conhecidas».

O primeiro-ministro referiu também que os atuais tempos de dificuldades não permitem ao Governo dizer que vai aliviar os impostos a curto prazo.

«Esses tempos de dificuldades não nos permitem, infelizmente, dizer que vamos aliviar a curto prazo os impostos, sendo certo que nós vivemos com impostos muito elevados», disse.