Economia

Espanha terá ligeira recuperação em 2014

REUTERS/Juan Medina

O ano de 2014 será o primeiro em que Espanha sentirá «uma certa recuperação de atividade» desde que a crise que começou em 2008. A afirmação foi feita pelo ministro espanhol Luis de Guindos.

«Desde o início da crise não tivemos recuperação. 2014 vai ser o primeiro ano em que haverá uma certa recuperação da atividade desde que começou a crise, em 2008», afirmou o ministro depois da reunião do Conselho de Ministros que aprovou o Orçamento de Estado para o próximo ano.

De Guindos sublinhou que a recuperação será «débil e frágil», mas que todos os indicadores começam a dar sinais positivos, destacando-se os de produção industrial, de comércio a retalho, os dados de entradas de pedidos e os de expectativas dos agentes económicos.

«O índice de confiança do consumidor em Espanha voltou a níveis que não se registavam desde o início da crise», disse.

O ministro da Economia referiu-se ainda aos indicadores financeiros positivos - como o risco da dívida, os juros a 10 anos e o financiamento do Tesouro - mas também à cada vez menor dependência dos bancos espanhóis no BCE.

«Estão também a crescer de forma importante os depósitos dos espanhóis e as empresas estão com cada vez maior acesso aos mercados de capitais», disse.

De Guindos considerou que os dados demonstram ter-se «recuperado a estabilidade macroeconómica» como «passo prévio para a recuperação, ainda débil e frágil, mas que representa já uma mudança» face à situação dos últimos anos.

«Terminou a fase recessiva, do ponto de vista técnico, no primeiro semestre deste ano. A projeção do Governo é que teremos taxas intertrimestrais suavemente positivas», disse.

O quadro económico que serve de base ao OE hoje aprovado revê vários indicadores, melhorando em duas décimas a previsão sobre o PIB, que crescerá 0,7% «em linha com o consenso de especialistas».

Prevê ainda melhorias no quadro do desemprego, que inicialmente o Governo tinha antecipado ficaria nos 27,1% em 2014 e que agora terminará 2013 nos 26,6% baixando para os 25,9% no próximo ano.

«O futuro é muito diferente do que era há um par de anos», assinalou De Guindos.

Redação