Portugal

Jerónimo: Mudança na lei eleitoral não pode aumentar discriminação

Jerónimo de Sousa Global Imagens/Steven Governo

O secretário-geral do PCP comentou esta manhã a proposta do Presidente da República que defendeu ontem uma «reflexão ponderada» da legislação eleitoral.

Depois de votar em PiresCôxe, Santa Iria da Azóia, Jerónimo de Sousa afirmou que a declaração do Presidente da República sobre a cobertura da campanha foi «igualzinha» à do Primeiro-ministro.

«Uma declaração igualzinha à que Passos Coelho fez. Quem vive, geralmente, mais pela promoção pela via da Comunicação Social e não pelo esforço próprio de campanha, de proximidade, de contacto direto com as populações, tem a tendência para propor alterações que visam, no essencial, levar à discriminação e ao desrespeito pelo princípio da igualdade, que é um princípio constitucional», disse o secretário-geral do PCP.

O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta ainda "Os Verdes" e Intervenção Democrática, referia-se às palavras de Cavaco Silva sobre a legislação que regula o acompanhamento mediático das diversas forças políticas em tempo de apelo ao voto.

«Estas eleições o que podem significar é mais isolamento dos partidos do Governo, que tanto têm infernizado a vida aos portugueses», desejou, reiterando a inevitabilidade de uma «leitura nacional» dos resultados deste sufrágio local.

Para Jerónimo de Sousa, «Portugal não precisa de mais empréstimos, precisa é de renegociar a sua dívida, aumentar a sua capacidade de produção, a sua riqueza», até porque, considerou, «quanto mais produzir menos deve», rejeitando aquilo que considera ser o «caminho de afundamento» seguido pelo executivo da maioria PSD/CDS-PP.