O PS e o Bloco de Esquerda classificam a proposta para o Orçamento de Estado para 2014 como um «brutal pacote de austeridade». O PCP diz que este Orçamento não serve os interesses nacionais.
O vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Pedro Marques, entende que o Orçamento de Estado para 2014 não é mais que um «novo e brutal pacote de austeridade».
«Qual é o resultado que o Governo tira de cinco mil milhões de euros de austeridade perdida em 2013? É mais um pacote de quatro mil milhões de euros de austeridade em 2014», explicou.
Após a apresentação da proposta de Orçamento de Estado para 2014 feita pelo ministra das Finanças, Pedro Marques disse que «parece que este número de quatro mil milhões de euros persegue os portugueses».
«Volta a assombrar-nos mais quatro mil milhões de euros de novas medidas de austeridade, de cortes nas pensões, brutais cortes nos salários da Administração Pública, mas isto acontece depois de algum resultado concreto em 2013?», perguntou.
Para Pedro Marques, «os sacrifícios de 2013 foram todos perdidos e agora pedem-nos quase mais quatro mil milhões de euros de austeridade novamente no ano de 2014».
«Isto não é a boa forma de fazer política orçamental, está não é a boa política orçamental, esta política falhou e o Governo insiste na mesma dose para 2014», concluiu.
Opinião semelhante tem o bloquista Pedro Filipe Soares, que entende que este Orçamento «é um brutal pacote de austeridade que ataca logo os funcionários públicos que ganham 600 euros por mês».
«Ataca os pensionistas e diz que cavará mais fundo aquelas que já são as dificuldades dos serviços de saúde e vai fazer um corte brutal de mais de 300 milhões de euros na Educação e na Justiça serão mais de 90 milhões de euros de cortes», sublinhou.
Já o PCP diz que o «Governo com um conjunto de medidas de despedimento de trabalhadores, redução das prestações sociais, cortes na saúde e educação pretende poupar três mil milhões de euros ao mesmo tempo que o esforço exigido às empresas do setor energético e banca é de apenas 150 milhões de euros».
«É um Orçamento de Estado que não serve os interesses nacionais e que vai intensificar e agravar a crise. Não resolve nenhum dos graves problemas que o país tem e vai conduzir a um empobrecimento acelerado dos portugueses», resumiu Paulo Sá.